segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Educar era mais fácil se os filhos viessem com livro de instruções

Postado por Nany às 10/08/2012 12:45:00 da tarde
Ás vezes educar dói mais a nós que a eles.
Sempre disse e repito, que independentemente do que façam, se me mentirem para esconder é bem pior o castigo pela mentira, do que por aquilo que fizeram. Claro que algumas coisas que têm um castigo maior que outras, mas para mim a mentira não constrói relações. Destrói.
É óbvio quer os meus filhos não me irão contar sempre tudo. Por isso é que fomento uma boa relação entre eles. Por isso é que me preocupo que tenham bons Amigos, daqueles com A bem maíusculo. Eu sou a mãe, aquela que dá a educação, que está lá para o que der e vier, mas que não substituí um amigo, um irmão, um pai.
Cada macaco no seu galho.
Sobre aquela questão das lutas e do este bateu-me, aquele fez-me isto ou aquilo, tive uma conversa a sério com o Pedrocas.
E o amigo bate-lhe quando não brinca com ele, quando não faz o que ele quer. Percebi que quando é contrariado, a resposta óbvia é bater para levar a sua avante. Não me vou por para aqui com aí coitadinho do meu filho que leva do amiguinho, até porque já tratei da situação, mas chateei-me com o facto de ele dizer que não, já não chorava, e que só batia às vezes, mas depois já era sempre.
A mentira. O raio da filha da mãe da mentira.
O compor da siutação para não ser chamado de queixinhas. De menino da mamã, que vai para casa chorar e fazer queixinhas. Que tem de ser um homenzinho.
Tivemos uma conversa os dois. Ele contou-me a verdade, mas quando falei com a educadora ficou com vergonha/medo de ser confrontado e de ser chamado de bebé e queixinhas, e então compôs a situação.
Respirei fundo não sei quantas vezes e expliquei-lhe que, mesmo que nos chamem de queixinhas e de bebé, quando não se consegue resolver a situação avisando várias vezes que o amigo bate, tem de se falar com a mãe e o pai. Aliás, quando os amigos na escola batem, além de se faler com os professores tem sempre de se dizer à mãe e ao pai. E temos de contar a verdade, seja ela qual for. Mesmo que nos digam que somos queixinhas e bebézinhos. Que vamos para a sala dos pequeninos.
Aqui resolvi uma questão. A minha com a dele. Mas ficou outra. Uma maior, de adultos, a resolver entre adultos.
Pois bem, as crianças supostamente confiam em nós para resolver as questões e nós chamamo-as de bebés, queixinhas, chorões? Bateu-te, ai deixa de ser piegas. Chamou-te de bebé, de menino da mamã, de isto ou daquilo? Faz-te homemzinho senão ficam todos de castigo.
Esta questão vai ser resolvida numa conversa de adultos. A 2. A sério.
Acho que tudo seria mais fácil se todos tivessemos livros de instruções.

4 comentários:

30anoseumblogue on segunda-feira, 8 de outubro de 2012 às 16:53:00 WEST disse...

É mesmo... não é fácil!
Beijinhos

Raquel Ribeiro on segunda-feira, 8 de outubro de 2012 às 23:00:00 WEST disse...

Não é fácil não!
Fizeste mt bem em falar com ele de forma séria!
sempre que há algo que me incomoda nas atitudes do meu, faço o mesmo!!! Dtesto q ele esconda ou minta...
eu nesses problemas de brigas tento evitar meter-me. Agora ja lhe digo se te baterem, conta à professora q eça castiga, se acontecer de novo bate tb!!! aos poucos o meu filho deixou de ser tão tóto...
mas é facil...
E cuidado q nao sabes qual vai ser a reação da outra mãe! provavelmente vai dizer-te q o teu é q tem de se defender...
bjs e boa conversa!

Dinastia FilipiNHa on terça-feira, 9 de outubro de 2012 às 08:36:00 WEST disse...

Fazes muito bem em mostrar-lhe desde pequenino que a mentira nunca pode ser opção!

Mas é alguém do colégio (prof, auxiliar) que chama de queixinhas? Isso é muito grave. Então que devem fazer se lhes baterem? Virarem-se também ao murro e pontapé, para não serem bebés?!

Força! Não é fácil! É um desafio constante!

Beijinhos

soumaiseu.blogs.sapo.pt on terça-feira, 9 de outubro de 2012 às 22:03:00 WEST disse...

Continuo a achar que eles vivem numa realidade diferente da dos adultos, onde a mentira não tem bem o mesmo significado que tem para nós. Claro que fizeste o que é certo, mas não e massacres muito com isso... crescer envolve necessariamente mentir, até ao dia em que percebem que não o podem fazer... Quanto à história do bater, eu cá em casa digo sempre à Rita que ela não pode bater nos meninos a não ser que estes lhe levantem a mão primeiro.. tem resultado, pelo menos por enquanto... não incentivo a violência nem a agressão mas recuso-me a ver a minha filha encolhida com medo de se defender!
Beijinhos Noquitas!

 

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