Obrigado pelas vossas palavras e pelo vosso carinho. São importantes para mim e ajudam a superar este estado de alma.
Este blog começou porque necessitava de falar daquilo que mais me doia (e dói): a infertilidade. Nascer numa família em que o problema não é não conseguir engravidar, mas sim engravidar mais vezes do que as desejadas e ter de lidar com isso, não é fácil, especialmente quando todos os nossos sonhos de criança envolviam uma constante: a maternidade. Claro que a culpa não é da família e são situações que infelizmente cada vez mais acontecem.
No entanto, através deste blog fui conhecendo Mulheres que me ensinaram muito, especialmente a não desistir e fiz algumas amizades.
Ao longo do tempo, e com a gravidez do Pedrocas e o seu nascimento ele passou a ser um baby blog, onde registo alguns dos momentos dele, um diário on line do seu crescimento. Raras vezes aqui transparecem assuntos mais íntimos, ou de trabalho. O pai é o pai do Pedrocas e não tem identidade própria por assim dizer, mas também o blog foi decisão minha e por isso ele aqui tem episódios de actor convidado. O trabalho vai aparecendo mais vezes, mas até o post em que falava do facto de a minha avaliação no trabalho ser de razoável porque o chefe se esqueceu de cumprir prazos e não queremos arranjar-lhe problemas para ele não nos arranjar problemas a nós, também ficou reduzida a um parágrafo.
Mas eu preciso de escrever, deitar cá para fora o que me corrói por dentro senão ainda faz buraco; mesmo assim não vai transparecendo muito a minha luta herculea com os meus 80kgs, os meus desastres na cozinha (a comida faz-se com maior ou menor inspiração, os doces é que ficam sempre um desastre), a família que nem sempre é perfeita, o trabalho que gosto mas que não me permite crescer e as oportunidades que não aparecem ou não se concretizam.
Estou numa fase em que me sinto mudar, em que preciso de mudanças, espirituais, físicas e mentais. Tenho de reencontrar a minha fé, que tem sido posta de lado e em faz falta. Tenho de pensar mais em mim, não só a nível de sáude mas também como mulher e que também tenho direito às tais chamadas futilidades e não sou pior por gostar delas. Tenho de por a cabeça em ordem, a minha, sem deixar para depois e pensar em mim primeiro.
Parece fácil, mas não é. Nunca me dei valor, apesar de dizer que sim. Sempre pensei que qualquer coisa me servia e que não merecia o melhor. Agora chega, foram 33 anos, não sei quantos mais viverei, mas quero vivê-los em paz comigo sem arrependimentos por ter ido como sempre pela vontade alheia.
Volátil podem pensar vocês, mas a tal vontade alheia é familiar e vem principalmente da minha mãe, com quem muitas vezes não expressava a minha vontade para não criar situações chatas. Acho que está na hora de mostrar que cresci, e que tenho direito aos meus erros.
Talvez isso transpareça aqui, talvez não. Este continua a ser o blog do Pedrocas, quem sabe se a mãe fará alguma aparição?
Beijokas e obrigado por me "ouvirem"
Beijokas e obrigado por me "ouvirem"
3 comentários:
Minha kida, existem fases na nossa vida em que precisamos de mudar, em que sentimos que nos falta algo, apesar de pensamos que temos tudo ou quase tudo para sermos felizes. Ninguém é perfeito, nenhuma vida é perfeita mas a que vivemos é a nossa e é aquela com a qual temos de viver. Isso não quer dizer que não tenhamos direito a sonhar e a querer alcançar algo mais e melhor
E sabes o que eu acho, que estes blogs são tanto nossos como dos nossos filhotes, porque os nossos filhos são a nossa vida e nós fazemos parte da vida deles
Beijocas mil
Cioncordo com tudo o que a Maria Pereira diz..
E amiga bola para a frente..faz de ti o que quiseres ser..pelo menos não custa tentar..bjo com xi coração
eu adoro quando cá vem a mulher que está por trás da mãe do pedrocas... simplesmente ADORO!
eu passei por uma fase assim... e ARREBITEI! SE SENTES ESSE "CHAMAMENTO" aproveita... usa-o como trampolim, para voos mais altos!
jinhos... muitos!
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