Não sou mãe porque fica bem, porque é o esperado de mim enquanto mulher casada. Sou mãe porque é um projecto de vida que sempre quis ter, por um desejo pessoal, por amor e por direito. Sim ser mãe/pai é um direito que nos assiste. Se o escolhemos não ser é também um direito que temos. Ou será, que como os meus avós tinham senhas para saberem a quanto de açucar e massa tinham direito, também nos irão distribuir senhas para sabermos a que percentagem de filhos temos direito?
Já tiram tantas coisas às nossas crianças; educação, apoios, direitos, por favor não as reduzam a nada.
MANIFESTO “UM FILHO VALE UM”ENQUADRAMENTO
Todos os dias a sociedade pede mais às famílias. Mais impostos. Mais tempo. Mais responsabilidade e dedicação.
Afinal as famílias são aquela estrutura que está sempre lá. Conta-se com ela para o dia-a-dia e para os momentos extraordinários. É a solidez das famílias que confere resiliência às sociedades. E o que distingue muitas vezes uma crise de uma catástrofe é apenas a existência de redes familiares suficientemente fortes e funcionais para absorverem e reagirem aos diversos problemas e desafios que marcam cada geração.
Mas para que as famílias possam cumprir a sua missão é preciso darmos-lhes condições para que possam resistir, crescer e ter os filhos que desejam. Se a decisão de ter filhos for feita com verdadeira liberdade e responsabilidade, teremos mais crescimento económico, mais capacidade de pagar melhores reformas, saúde e educação.
O nascimento de um filho representa um momento muito especial. Para os pais, um filho tem um valor incomensurável, valerá sempre muito mais do que um. Verdadeiramente o seu valor é tanto que não é possível contabilizá‐lo. Sempre assim foi e assim continua a ser. O nosso manifesto, porém, não exige tanto. Pede apenas que cada filho possa ser visto e considerado como aquilo que é: um filho. Um filho tem de valer um!
O Estado reconhece as crianças como cidadãos mas, muitas vezes, ignora a sua existência ou considera-as como uma percentagem variável. Esse equívoco deve ser corrigido. Essa injustiça tem de ser reparada. A capitação dos rendimentos familiares para efeitos fiscais e de acesso aos serviços sociais deve ser a regra. Para os pais um filho vale tudo. Para o Estado um filho deve valer um.
Como todos sabemos, Portugal está a envelhecer a um ritmo preocupante. Desde há 30 anos que não conseguimos assegurar a renovação das gerações! Nascem cada vez menos crianças e estamos a caminho de ser o 2º país mais envelhecido do mundo, superado apenas pela Bósnia!O texto em itálico, tal como a imagem, foi copiado do site Um Filho Vale Um, o que está a bold foi destacado por mim.
Os estudos sobre pobreza em Portugal mostram que as famílias com filhos são as que têm maiores índices de pobreza e as crianças são o grupo etário que sofre de maior privação.
O Estado considera as crianças como cidadãos mas, muitas vezes, ignora a sua existência ou considera-as como uma percentagem variável. Vejamos o que se passa em vários domínios:
• Taxa do IRS – cada filho vale zero;
• Deduções personalizantes do IRS – cada filho vale cerca de 75%;
• Deduções de educação, saúde,…(entre os 3º e 6º escalão do IRS) – cada filho vale 10%;
• Abono de família – cada filho vale meia pessoa – 50%;
• Taxas moderadoras – cada filho vale 0;
• Passe Social Mais - cada filho vale 25%.Estas situações revestem-se de uma enorme injustiça e acarretam ao país graves consequências, pois comprometem o crescimento económico e a coesão social, nomeadamente, a sustentabilidade da segurança social e do sistema de saúde.
Quando se olha para o rendimento é justo não esquecer quantas pessoas esse rendimento alimenta e veste. Será que esse rendimento sustenta 2 pessoas? Ou sustentará 3 (pai + mãe + 1 filho), ou 4 (pai+ mãe + 2 filhos), ou 5 (pai + mãe + 3 filhos) ou muitas mais? Justo seria que o rendimento da família fosse avaliado em função do número de pessoas que sustenta. Ou seja, que fosse dividido pelo número de elementos da família! Isso sim, seria justo.
Por cá todos assinamos e subscrevemos.
3 comentários:
Acho muito bem.
Também aderi ao manifesto.
Eu também subscrevo e divulgo! Cada um dos meus filhos tem de valer 1 para o país, já que para mim valem 1000!
vidademulheraos40.blogspot.com
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