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Sinto, cada vez que os vejo juntinhos a brincar, a arreliar, a conversar, que sou feliz, muito feliz, que o amor é isto mesmo.
O Pedrocas é um irmão mais velho carinhoso, atencioso, que dá a mão porque ela é pequenina, que quer ensinar, que faz parvoices para ela rir, que lhe dá comer à boca porque ela assim come melhor, que chora quando ela não lhe dá beijos, que a agarra com abracinhos tão fortes que ela empurra-o logo, que chora quando sem querer faz algo que a magoa..
Também é um mano que não liga nenhuma, que chora quando ela lhe tira as coisas, que a irrita ao ponto de a por a chorar, que chora porque ela lhe tira tudo, que tem acessos de ciumes e que se quer comportar como um bebé.
A Sarita é uma mana mais nova que ainda não percebe que tem de pedir para mexer nas coisas dele, que já sabe fazer queixinhas do mano, que assim que o vê dá gritinhos de contente, que deambula pela casa quando não o vê, que o vai buscar à cama, que o arranha e lhe dá valentes palmadas, que o manda deitar no chão para fazer cavalinho, que lhe tira tudo e chora porque é dela mesmo quando não é.
Mas é ao mano que ela dá a comida do próprio prato, é ao lado do mano que se quer sentar, é a ele que lhe dá beijinhos de boa vontade e abracinhos. Que o agarra de tal forma que até se entrelaça tipo macaquinho com as pernas à volta da cintura dele. É por ele que ela chama quando o deixo na sala dele, e vai ao gritos pelo seu manhu até à sala dela. É ao Pêdu que ela diz paxa (despacha), é com as suas parvoíces que ri, é ao lado dele que se senta a ver 1m de televisão.
Sim, alturas existem em que me tiram do sério, me fazem cabelos brancos, mas são bem mais aquelas em que me aquecem o coração.
O que mais quero é que mesmo com as turras normais, se mantenham amigos para o resto da vida. Porque eles têm uma ligação que nunca terão com mais ninguém.
A decisão mais acertada que sinto ter feito até ao diz de hoja, para além de lutar por os ter e querer ser mãe, é não ter tido um filho único. Eu sou e se por um lado é bom, se não tenho nada contra porque razões para isso existem às centenas, os momentos deles fazem com que o meu medo de não chegar para os dois, de um ficar a perder em relação ao outro se desvaneça (em parte, só em parte), porque ganham outras coisas, das quais já ouvi falar e vi, mas nunca experimentei.
Desejo que se mantenham sempre manos unidos. Eu, da minha parte vou fazer tudo para que assim seja. Em parte porque não tenho irmãos e em parte porque tenho pena que o meu marido não se dê mais com o seu único irmão.
1 comentários:
A relação entre irmãos é uma coisa fantástica e observá-los a relacionar-se é tãoooooo booooommmm!!!!
Momentos para recordar e estimular sempre!
Beijinhos
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