Estás uma peste reguila, mas tão descarado e doce que só apetece cobrir-te de beijos.
És destemido e não medes as consequências (nem tens idade para tal) e por isso, já voaste do sofá para o chão da sala, passando por cima da mana e aterrando com um estrondo. Graças a Deus foi mais o susto, mas de teres a mãe a acordar-te de hora hora não te safaste.
Por falar em ser destemido: és capaz de ir mais devagar? Sim, podes crescer saudável e li ndo à vontade, mas podes fazer o tempo passar mais devagar, para apreciar mais as tuas aventuras? O facto de já chegares aos interrupteros da luz e te aperceberes que se a acendes em bicos de pés, para apagar tens de subir a uma cadeira, nem sempre da forma mais segura? Podes deixar de correr atrás de qualquer cão que encontres na rua sem medos, nem receios, que eles se atirem a ti? Subires para cima da tampa da sanita, para como a mana te veres ao espelho e chegares à banheira de bebé? Podes deixar de te pores de joelhos em cima das grades da tua cama para em seguida tentares atirar-te para cima da do mano - ias conseguindo não ias?
Amor, eu adoro ver-te a alcançar etapas no teu desenvolvimento, mas detesto que elas te provoquem mazelas, te façam chorar. Eu sei, não me faço entender: quero que cresças, mas quero que sejas pequenino, que sejas só meu. Não gosto de te ouvir chorar, nunca gostei, nunca irei gostar. Sabes, a única vez que te fiz chorar foi quando voaste do sofá e eu te sacudi para te tirar daquele estado de choque/susto, foram os segundos mais longos da minha vida.
É tão bom ouvir o teu mãmãaaaaa, ou mãiiiiiiii quando estás chateado comigo. Ouvir a tua algarviada quando falas ao telefone ou ralha connosco. Pedires o teu paó (pão), atachas (bolachas), aua (água) , patho (sapato), chamares a mana chacha (Sara), o mano peú (Pedro), os pi-pius, o caó (cão), o Pai de papa, sim, não papá o que confunde chamares o Pai e pedires comida.
Quereres tirar a fralda como os crescido e desatares a rir quando te mudo a fralda porque te pões a esticar a piinha (pilinha). Achares que consegues ir à sanita, mas não entenderes como chegas lá acima sozinho.
És um menino que até hoje come de tudo e não recusa nada. Desapareces com as azeitonas que estão em cima da piza, comes caracóis como se não houvesse amanhã, adoras o teu pãozinho, queijo enrolado e em bolinhas, rolinhos de fiambre, carne, peixe, mais arroz que massa, algum puré de batata num empadão temperadinho, pepinos (salada em geral, se bem que te engasgas um pouco com a alface), ou seja, de tudo um pouco. És, graças a Deus, boa boca.
Tens paixão por cães e bolas, os dois fazem as tuas delícias, em conjunto e em separado.
A mana já começa a ser considerada como parceira de brincadeiras, embora ainda se chateiem mais um com o outro, do que te chateias com o mano. O mano, bem esse, faz tudo o que queres e tu adoras as brincadeiras malucas dele, aliás, se ele faz algo que te desgosta ralhas com ele e fica o assunto resolvido (é divertido ouvir-te ralher com ele, e claro o mano acha-te o máximo quando o fazes).
Já começas a confiar mais nas mulheres, mas mesmo assim, ainda dás mais confiança a homens.
Que mais posso dizer de ti meu amor? Sei lá, tanta coisa, só não consigo pôr em palavras o quanto te amo, o quanto és importante para nós, o quanto te adoro.
Só consigo dizer, repetindo-me até o infinito que te amo muito e és o meu mais doce, lindo, fofo e reguila amor pequenino de olhinhos de azeitona.
Adoro-te meu rico filho
Na Minha Caixa de Correio
Há 20 horas
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