segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Postado por Nany às 1/12/2009 01:01:00 da tarde
Para TI meu filho,

Lembras-te de há 2 anos? De quando ainda estavas na minha barriga?
Da excitação, do friozinho da espinha, da antecipação pelo dia seguinte, da alegria, da ansiedade e da enorme calma?
Há 2 anos era sexta-feira e fazíamos 39 semanas. Desde as 38 que tínhamos dado o grito da liberdade, já não eras prematuro e podias nascer quando quisesses. Estava tudo combinado com a médica que nascerias no dia seguinte. As malas estavam feitas, tudo arrumadinho, tudo à tua espera.
Nessa última semana passeámos os dois, arrumámos a tua roupinha toda outra vez nas gavetas, fizemos novamente a mala, tudo porque até aí o medo era muito, os cuidados e as indicações médicas levadas à letra. Já que não tinha podido fazê-lo antes nessa última semana fiz tudo aquilo que queria ter feito durante a gravidez e não podia.
E os nossos passeios? Sempre no mesmo sítio, também devido ao frio, mas com muita vitalidade e alegria. Mexia-me muito bem para uma grávida em fim de tempo diziam-me, mesmo com uma barriga enorme. Depois de passar 5 meses em casa, entre cama – sofá - cama, sempre com medo de um cansaço maior, de um movimento mais brusco, com tantos sobressaltos desde o início, agora estava a extravasar toda a energia acumulada.
Lembras-te dos filmes que víamos, as séries, os desenhos animados, as nossas leituras, as histórias que te contava, as músicas que ouvíamos, a que te cantava todas as noites antes de dormir, das nossas sestas, do desejo pelo bacalhau com grão e do bifezinho a saber a alho, do arroz doce da avó?
Lembras-te da enorme barriga? Era enorme e dava-me uma alegria e orgulho imenso. Adorava exibi-la, mostrá-la, empiná-la. A barriga que tanto custou a chegar, que tanto lutámos para que vingasse agora estava aqui.
Lembras-te de quando acariciava a barriga vinhas sempre para debaixo da minha mão e ficavas ali aninhadinho?
Lembras-te de fazeres das minhas costelas esquerdas um tambor para exercitares os teus pezinhos? E das cócegas que te prometi fazer quando nascesses?
Lembras-te do amor que te dizia que tinha? De senti-lo?
Esse amor nasceu quando tu começas-te a existir dentro de mim e tem vindo a aumentar desde então. Mesmo durante as birras (como a desta noite e especialmente a de hoje de manhã) ele está sempre lá. Um amor sempre presente e crescente, um orgulho cada vez maior. Como o da música que tanto gostas “gosto de ti como daqui até à lua, gosto de ti como da lua até aqui”, mas mais ainda um amor que não cabe dentro do peito, que o universo não tem tamanho suficiente para o conter.
ADORO-TE e apetece-me gritar.
Gritar que és o filho que sempre pedi a Deus.
Gritar que és MEU filho.
Gritar que te AMO.
Gritar que sou tua MÃE. Que sou MÃE. Que por ti tudo, sem ti nada.
Gritar que sou FELIZ porque TU existes.
AMO-TE MUITO MEU FILHO, MEU QUERIDO PEDRO.

5 comentários:

Maria Lavrador on segunda-feira, 12 de janeiro de 2009 às 22:15:00 WET disse...

Que bonita declaração de amor! Sem duvida que ser mãe é a melhor coisa do mundo e nos faz sentir umas felizardas por os temos juntos de nós

Beijocas enormes

Susana Pina on segunda-feira, 12 de janeiro de 2009 às 23:06:00 WET disse...

Que bonito amiga, o teu filho quando enteder o que aqui escreves-te vai adorar e orgulhar-se muito de ti.
Falta só uma mana, não tarda nada está aí convosco para partilhar esse Amor lindo que existe nos vossos corações.
Bjs doces
susana

Anónimo disse...

Há dois anos atrás a minha Nocas estava muito grávida e ainda mais linda do que é. No seu rosto pairava a concretização de um sonho, um desejo realizado, e o orgulho de estar prestes a ser Mãe. Quando a tua mamã e eu nos conhecemos, Pedrocas, os nossos relógios biológicos estavam "avariados", e os nossos "rebentos" estavam propositadamente adiados, porque achavamos que haviam coisas mais importantes para fazer... Depois, certo dia, os teus papás começaram os treinos, e mais tarde intensificaram-nos. Fiquei muito contente! Eu a a tua mamã costumavamos brincar uma com a outra. Diziamos que ainda iamos ficar grávidas as duas ao mesmo tempo para podermos esfregar as barrigas uma na outra! E Deus quis que assim fosse. Quando tu tinhas apenas 5 meses e pouco na barriga da tua mãe, a Rita tinha mais ou menos 3. Encontramos-nos na loja da Vodafone, e encostámos as nossas barrigas ainda pequenas. Claro que nada aconteceu, mas foi assim que tu e a Rita se conheceram pela primeira vez. Lembras-te Nocas? Tu, Pedrocas, já tens dois aninhos e a Rita também caminha para lá. Por enquanto ainda são pequeninos, mas sei que quando crescerem vão ser tão amigos como nós somos. Não peço que se sintam como irmãos, até porque se Deus quiser a Mamã e o Papá ainda te vão arranjar uma mana, tão linda como tu! Mas desejo do fundo do coração que tu e a minha Rita se respeitem, se entendam mutuamente e sejam amigos do fundo do coração. És um menino muito especial! És o nosso menino de oiro! Sem ti, as nossas vidas não seriam tão bonitas! Beijos grandes de Parabéns! Tia São, Ritinha e Tio António!

Dinastia FilipiNHa on terça-feira, 13 de janeiro de 2009 às 13:00:00 WET disse...

PARABÉNS!!!!

Muitos parabéns Pedrocas!!!! É uma estranha emoção ver-te crescer!!! Como é que se pode ter tanto carinho por alguém que não se conhece?...

Espero que tenham sido 2 aninhos muito, muito felizes e que ao soprares as tuas 2 velinhas, te tornes ainda mais feliz!!!! PARABÉNS MENINO LINDO!!!

E muitos parabéns a ti, Nany! Pela concretização deste sonho lindo!!! E pela maneira brilhante como consegues falar deste amor tão único, amor de mãe!

Beijinhos! Tenham um dia muitoooo feliz! Dia 13 é ou não é um dia de sorte?!

Anónimo disse...

Que delicia de texto, o amor de mãe é assim mesmo, enorme, delicioso!
Beijinhos nossos!

 

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