Dou colo, adoro dar colo, adoro ter o Pedrocas ao colo.
Claro que ele está a ficar crescidinho e as costas recentem-se mas é tão bom. Já tinha saudades dos nossos momentos de colo em que ele se agarra a mim como um macaquito.
Ontem não foi excepção, fui buscá-lo à creche e ele assim que chegou à rua pediu colo, eu dei-lhe, mas como tenho andado muito cansada e sem forças disse-lhe para ir para o chão. Primeiro não queria, mas depois lá lhe expliquei e ele foi.
E qual o mal do colo? A meu ver nenhum. Dar colo é dar carinho, é dar mimo, atenção, é proteger, é curar de todas as maleitas do mundo, é um alicerce para a vida. Apesar de cairmos (e caimos muitas vezes), é bom sabermos que caimos num lugar acolhedor, pronto a lamber-nos as feridas, que nos dá aquele upa de força quando mais precisamos.
Dou colo hoje e sempre, e mesmo correndo o risco de me dizerem que mimo demasiado o Pedrocas, dou colo na mesma.
Há quem confunda o colo e o mimo com falta de educação e não são a mesma coisa. Os pais podem amar, mimar, dar colo, passar a mão na cabeça e mesmo assim ter filhos educados, respeitadores e conscientes que não são o centro do universo.
Muito amor não estraga, o que estraga é o amor material, o amor medido naquilo que damos, no valor que custa, no tamanho que tem, esse amor estraga, envenena.
O amor dado sem pedir nada em troca, aquele que está ali disponível, aquele que se preocupa, que quer saber como estamos, que nos faz sentir o centro do mundo, que com um olhar nos transmite orgulho, dedicação, carinho, protecção, esse AMOR não tem preço e é dos bens mais valiosos do mundo.
Por isso dou colo, muito colo, até que me digam Mãe, já chega de colo, e mesmo assim continuo a dar colo.
Ontem adormeceu ao meu colo, soube tão bemmmmm ;) De noite chamou por mim, dormimos todos na minha cama, todos são: papá, Pedrocas, mamã, livro Dama e Vagabundo e saco cheio de dinossauros ;))) Haja cama.
Ás 5h30 pediu-me para ir para a xanita, que tinha cocó e não é que tinha mesmo? Fiquei contente por ele começar a associar as coisas.
Depois, de muita conversa para o convencer, adormecemos agarradinhos os dois. E que saudades daquele cheirinho, da mãozinha pequenina agarrada à minha, do aninhar-se a mim numa concha. E vontade de levantar? Nenhuma. Culpa do sono sim, mas principalmente culpa das enormes saudades de estarmos assim.
Mãe não devia adoecer nunca.
E o colo devia ser obrigatório. Tem alturas que sabe tão bem. Mesmo com aquilo que posso discordar com a minha mãe adoro quando tenho um bocadinho de colo.
Ok, fico por aqui, mas ultimamente tem-me dado para isto.
Bom fim de semana,
Nany