A minha miuda é um doce, é mesmo, independentemente do que vou dizer a seguir.
Tem 4 anos, é teimosa e complexos de ser pequenina (está no percentil 50, sempre o teve desde o nascimento), que passa a vida a comparar-se com os amigos e eu passo a vida a dizer-lhe que existem meninos altos e baixos, gordos e magros, loiros e morenos, mas o que importa é se são todos amigos ou não.
Anda as testar limites, paciências, a esticar a corda, armada aos cucos e com a mania que é adulta e independente.
Dá-me cabo da paciência e aquela do berra-me baixo com ela não resulta, eu falo, eu converso, eu explico e no fim ela repete tudo e remata com um "meu eu quero...."
Será uma crise existencial aos 4 anos? Ela mesma diz que não consegue aprender, que não consegue portar-se bem porque a cabeça dela se esquece.
Será insegurança, medo que não gostemos dela? Que gostemos mais dos irmãos? Já lhe dissémos mais de mil vezes que não.
Serão ciúmes do mais novo? Que ela adora de paixão. Do mais velho? A quem ela faz a vida negra e com quem embirra mais que sei lá o quê (e não, ele não é chato com ela, é doce e parvo fazendo-lhe quase todas as vontadinhas).
Serão birras de sono, de cansaço, birras normais de quem tem 4 anos?
Ou será que independentemente de toda aquela doçura, aquele feitiozinho tem de ser torcido? Ela não faz por mal, não tem maldade associada às suas atitudes, mas tira-me do sério.
E estar quieta quando lhe digo? Não, só quando cai.
E ficar ao meu lado, ou ir para perto de mim? Não, só quando lhe dou dois berros.
E depois? Depois aninha-se ao meu colo. Chora pior que uma Madalena arrependida, diz que quer a mamã e chora cada vez mais.
Onde anda o raio do livro de instruções que ensina a educar uma miuda assim, sem perder a paciência, fazendo com que a mensagem passe e permaneça?
Na Minha Caixa de Correio
Há 19 horas
3 comentários:
Nany,
A minha está igualzinha, sem tirar nem pôr, naquela fase que só a gritar é que pensa que se faz entender.
E apesar de lhe pedir que não girte, que se faça explicar, que tenha paciência em reservas infinitas, por vezes, só lá vai com uma palmadinha na boca e um "já te tinha pedido que não grites" antes.
Porque educar é tão difícil mas nem sempre vai lá com conversas e os meus limites têm linhas bem demarcadas, não lhe adianta de nada fazer braços de ferro comigo, por enquanto mando eu e não lhe admito faltas de respeito nem abusos.
Mas é tão difícil.
Um conselho: respira fundo, conta até três e recomeça.
Mimos doces ;)
Tenho uma miúda assim difícil em casa começo achar que o defeito é mesmo das mulheres as raparigas são complicadas :)
Soa um bocadinho a ciuminho... não sei de quem! provavelmente dos dois... experimenta fazer aquilo que dizem nos livros(não sei se já experimentaste)de fazeres um programa qualquer só com ela (coisa de meninas) para ela ter a mamã em exclusivo... (confesso que já pensei fazer isso várias vezes, mas acabei por nunca concretizar)
Há-de passar!
:-)
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